
Esta coisa dos nossos ícones culturais começarem a extinguir-se faz-me impressão. Não é só a questão da tragédia da morte de um ser humano, por sinal talentoso e logo no Dia de Natal. É que estas fatalidades da vida também fazem de nós velhos, são um sinal de que aquilo que conhecemos e temos como certo desaparecerá inevitavelmente. Bem sei que é a lei da vida mas continua a provocar-me uma espécie de espanto e angústia. Eis mais um nome que temos de passar a conjugar no passado. James, que por acaso era mesmo Brown, foi-se. Os nossos filhos só vão saber dele em enciclopédias musicais e nos discos lá de casa. Presto assim a minha homenagem à sua memória