Esta coisa dos nossos ícones culturais começarem a extinguir-se faz-me impressão. Não é só a questão da tragédia da morte de um ser humano, por sinal talentoso e logo no Dia de Natal. É que estas fatalidades da vida também fazem de nós velhos, são um sinal de que aquilo que conhecemos e temos como certo desaparecerá inevitavelmente. Bem sei que é a lei da vida mas continua a provocar-me uma espécie de espanto e angústia. Eis mais um nome que temos de passar a conjugar no passado. James, que por acaso era mesmo Brown, foi-se. Os nossos filhos só vão saber dele em enciclopédias musicais e nos discos lá de casa. Presto assim a minha homenagem à sua memória
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3 comentários:
«Os nossos filhos só vão saber dele em enciclopédias musicais e nos discos lá de casa» gosto mto dessa frase, é verdade, como em tantos outros casos. As vezes vejo estrelas da musica ou do cinema, com as quais crescemos, a envelhecer perante os nossos olhos, muitas até a par e passo porque sao quase da nossa idade, e penso que estas já não serão as estrelas dos nossos filhos, as deles serão outras, estas vamos nos enterrar, ou elas a nos. Isso por um lado costuma-me dar uma certa tranquilidade, da inevitabilidade das coisas, tipo nos vamos la chegar mas estes icones todos também, somos como um grande grupo à escala mundial a caminhar para a velhice.
Mas quando começam a morrer tb me assusta :(
Não vamos ser saudosistas, os icones dos nossos pais se calhar tb já não foram os nossos. É a lei natural da vidá. É bom os icones irem mudando é sinal de evolução e de mudança. deixem os nossos filhos terem os seus próprios herois e serem eles a viverem a vida deles e a fazerem as suas escolhas, idenfificarem os seus herois e evoluirem.
é pá, os nossos filhos nem sequer vão ser capazes de conceber a importância de pessoas como Kurt Cobain e Jeff Buckley...
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