Aprender a ser feliz

O título - também de uma canção de uma banda que eu abomino (os Pólo Norte, para os mais distraídos) é uma homenagem à Charlotte que nestes dias se sentiu muito solita. Mas a mensagem versa sobre o meu filho, o seu nascimento e a disponibilidade mental e física que tal implica. Graças a ele, aprendi a ser feliz. Ainda mais do que já era. Isso e a fazer mil coisas ao mesmo tempo, na base do "aguenta e não guinxa", das mais sérias às mais ridículas (assim de repente lembro-me de muitos bilúdadas e monólogos vários). Sabem aquele desenho animado de um macaquinho tocando 7 instrumentos? Sou eu. Mas mais gira, claro. Ele é escrever textos e biberões, fraldas e roupa para passar a ferro. Um namorado para mimar e idas ao pediatra. Loiça para lavar e fraldas para deitar fora. Sem contar com os jogos da Liga Inglesa na Sport Tv. E o pikeno que, entretanto, já sorri. E eu sorrio com ele. Dormir, dormir já não sei o que é. Mas hei-de ter tempo para isso, quando ele for para a tropa ou assim. Nunca me senti tão energizada (não sei se esta expressão existe, mas no Brasil de certeza que sim). E de repente dou por mim no trabalho, com aquela sensação de estar quase a pastar... que os patrões não me oiçam. Onde está o choro de um colinho urgente? onde está a necessidade de economizar gestos para que o cansaço não nos trai mais tarde? ressaco de agitação, é o que é. Se até já tenho tempo para voltar a escrever aqui...