Eu divido o verão em 2 partes: a da cidade e a das ferias, sempre ou normalmente na praia.
A da cidade é Junho e Julho, embora em Maio já haja bichinho. Refiro-me aos primeiros dias quentes, noites quentes, a idas à praia antes do trabalho quando fecho, a fins de tarde no Adamastor ou na esplanada, a caracóis, festas populares, sardinhas, noites no bairro alto a abarrotar, festivais de cidade.
Vem agosto e vem zambujeira, relax, caras conhecidas, sudoeste, um saltinho ao algarve ou a um sítio no estrangeiro e é otimo. Mas volto para um Setembro já a cheirar a nostalgia, a fim, a despedida.
Este ano, mais do que nunca, a parte 1 voou. Acaba sexta-feira e voou. E não houve assim tantas tardes no Adamastor, tantas noites no BA a abarrotar, não houve nenhuma ida à praia antes do trabalho porque estava rota e só queria era dormir. Voou mesmo, foi, e apesar de ainda haver uma parte 2 inteira, parte de mim(lá está, a parte 1) está triste.
terça-feira, julho 21, 2009
segunda-feira, julho 20, 2009
Thom Yorke (Radiohead) quer cantar para os vampiros do filme Crepúsculo
O realizador avançou que a banda sonora pode contar também com os Kings of Leon. he!he!he!he! Além de ser fan destes dois, adoro os livros ...mais 2 motivos para ir ver o filme :)
Ok, eu admito sou fanática pelos livros li cada um deles em menos de uma dia, não tenho a culpa de ser uma romantica incuravel e de gostar de livros pirosos para adolescentes.
Ok, eu admito sou fanática pelos livros li cada um deles em menos de uma dia, não tenho a culpa de ser uma romantica incuravel e de gostar de livros pirosos para adolescentes.
domingo, julho 19, 2009
Flowers
quarta-feira, julho 15, 2009
Mais um....
Acidente de avião morreram 150 pessoas, trata-se do terceiro acidente em menos de 2 meses...isto somado á gripe A parece um sinal que nos próximos meses devo ficar quietinha em Portugal e não me meter em aventuras. :S
quarta-feira, julho 08, 2009
Poor michael :S
Ontem acho que vi michael jackson a mais. Primeiro foi o memorial, que, com as mais ou menos sentidas despedidas e o abuso que foi a filha a falar me fez, ainda assim, lembrar o grande músico que ele era- recordo-me de ir no carro com o meu pai, ele a levar-me à escola, de manhã, e contarmos os dias que o We Are the World estava no top- chegou pelo menos aos 100. Lembro-me disso, como se fosse hoje.
Depois foram as duas reportagens, que vi de passagem por falta de alternativa e acabei por ficar especada a olhar. Como pessoa e jornalista, fiquei muito impressionada. A primeira, que um jornalista inglês fez, com base em várias entrevistas conseguidas a ferro ao homem durante mais de um ano, onde, pelo meio, o ‘imparcial’ jornalista vai tecendo comentários do género ‘até eu comecei a achar que ele está maluco’, ‘temi pela segurança daquelas crianças’, ‘só ele é que não parece preocupado com elas’, etc. Nesse documentário, o MJ fala da violência do pai, das plásticas, da pressão da fama, dos filhos e namoradas e, ninguém duvida, atrapalha-se bastante, mistura ele próprio já os factos com as ilusões, mas é sobretudo retratado como um ser frágil, confuso, à toa, estranho e perigoso na sua ingenuidade.
Na segunda, a versão das mesmas entrevistas gravada pela equipa de mj, e transmitida depois de a primeira ter dado imensa polémica e ter levado a mais um linchamento público, dizia-lhe, afinal o jornalista, que fica ‘emocionado de o ver com os filhos e nunca viu nada assim’, que o ‘neverland é um sítio mágico’, que ‘gostava que as pessoas o entendessem, e se o vissem falar entendiam’. Pelo meio é interrompido pela maquilhadora do Michael, que lhe diz veja como o retratam os media são tão crueis ninguém entende que ele é normal, que é bom; e ele responde ‘mas eu entendo eu vi isso’. Pior, o mj diz-lhe que se sente so, que ser famoso não é fácil, se usa mascaras é maluco, se mostra o filho a fãs que o pedem é maluco, diz que o pai lhe bateu mas era génio, explica bem as coisas e o suposto jornalista diz que tiveram um momento espiritual, que a verdade vai sair, a que o cantor agradece mto mto. Fiquei mesmo chocada, como diria a i (que se vai embora). Este tipo de jornalistas deviam ser presos. Não se percebe se mudou de ideias se simplesmente mentiu para ele se abrir, o que ainda é pior. Foi completamente enganado e induzido em erro. Na entrevista completa e gravada pela equipa de mj, ve-se um homem confuso sim, que mistura a verdade sim, que não tem tomates para falar das plásticas sim, traumatizado com o acne sim, mas sobretudo triste, só e farto de ser mal compreendido. Assim entendo que a vida dele tenha sido uma merda. Assim é melhor ter já acabado. E não acho mesmo que tenha abusado de crianças- quem diz, de passagem que não consegue ver crianças a sofrer, que levava tanta porrada que não dormia e vomitava e tinha medo, e que só de pensar numa criança passar algo semelhante fica doente; e sobretudo quem foi tão abusado e distorcido por pais, jornalistas, colegas, a vida toda, o que prova que houve sempre algo empolado, ficou sempre algo por contar; acho mesmo que não.
Depois foram as duas reportagens, que vi de passagem por falta de alternativa e acabei por ficar especada a olhar. Como pessoa e jornalista, fiquei muito impressionada. A primeira, que um jornalista inglês fez, com base em várias entrevistas conseguidas a ferro ao homem durante mais de um ano, onde, pelo meio, o ‘imparcial’ jornalista vai tecendo comentários do género ‘até eu comecei a achar que ele está maluco’, ‘temi pela segurança daquelas crianças’, ‘só ele é que não parece preocupado com elas’, etc. Nesse documentário, o MJ fala da violência do pai, das plásticas, da pressão da fama, dos filhos e namoradas e, ninguém duvida, atrapalha-se bastante, mistura ele próprio já os factos com as ilusões, mas é sobretudo retratado como um ser frágil, confuso, à toa, estranho e perigoso na sua ingenuidade.
Na segunda, a versão das mesmas entrevistas gravada pela equipa de mj, e transmitida depois de a primeira ter dado imensa polémica e ter levado a mais um linchamento público, dizia-lhe, afinal o jornalista, que fica ‘emocionado de o ver com os filhos e nunca viu nada assim’, que o ‘neverland é um sítio mágico’, que ‘gostava que as pessoas o entendessem, e se o vissem falar entendiam’. Pelo meio é interrompido pela maquilhadora do Michael, que lhe diz veja como o retratam os media são tão crueis ninguém entende que ele é normal, que é bom; e ele responde ‘mas eu entendo eu vi isso’. Pior, o mj diz-lhe que se sente so, que ser famoso não é fácil, se usa mascaras é maluco, se mostra o filho a fãs que o pedem é maluco, diz que o pai lhe bateu mas era génio, explica bem as coisas e o suposto jornalista diz que tiveram um momento espiritual, que a verdade vai sair, a que o cantor agradece mto mto. Fiquei mesmo chocada, como diria a i (que se vai embora). Este tipo de jornalistas deviam ser presos. Não se percebe se mudou de ideias se simplesmente mentiu para ele se abrir, o que ainda é pior. Foi completamente enganado e induzido em erro. Na entrevista completa e gravada pela equipa de mj, ve-se um homem confuso sim, que mistura a verdade sim, que não tem tomates para falar das plásticas sim, traumatizado com o acne sim, mas sobretudo triste, só e farto de ser mal compreendido. Assim entendo que a vida dele tenha sido uma merda. Assim é melhor ter já acabado. E não acho mesmo que tenha abusado de crianças- quem diz, de passagem que não consegue ver crianças a sofrer, que levava tanta porrada que não dormia e vomitava e tinha medo, e que só de pensar numa criança passar algo semelhante fica doente; e sobretudo quem foi tão abusado e distorcido por pais, jornalistas, colegas, a vida toda, o que prova que houve sempre algo empolado, ficou sempre algo por contar; acho mesmo que não.
terça-feira, julho 07, 2009
Snif
A 'minha' i. vai-se embora e eu estou triste. A rapariga por quem os meus amigos já perguntam à noite, a minha companhia de praia das sextas-feiras, a pessoa gosta mais de inverno do que do verão e que, no meu último aniversário, me deu os parabéns 33 vezes tornando-se, sem saber, na melhor coisa daquele dia, vai atrás do seu sonho de ser uma correspondente internacional (ou enviada especial, vá) e eu não podia estar mais orgulhosa e feliz por ela, mas com pena pelo vazio que vai deixar. Tenho dito aos meus amigos que a i. é a pessoa que mais me faz lembrar a mim mesma na idade dela (não foi há assim tanto tempo). O coração sempre nas mãos, o idealismo, as convicções firmes, o choque ante certas situações, factos ou pessoas, o quê de ingenuidade misturada com inteligência, a lealdade, a ambição, a curiosidade, a insatisfação, o não largar dos sonhos. Ao meu orgulho (e tristeza) junta-se assim inveja, porque também eu tive o sonho de ir estudar um ano para o estrangeiro, só que (ainda) não o fiz. A área de jornalismo que eu queria seguir não o proporcionava, o dinheiro também não, o meu obsessivo apego aos meus pais e amigos, os empregos que foram surgindo foram-me enriquecendo e completando e fui aprendendo que há 3 tipos de sonhos: os que não se largam nunca até conseguir, os que têm mesmo de se largar, e os que se reinventam, surgindo por vezes, atrás de um sonho, um novo que o substitui e pode até ser melhor. Mas a i. não estava feliz, e vai atrás do sonho dela e sem dúvida que, se tiver um pouco de sorte que é sempre precisa, o conseguirá realizar. A nós resta-nos assistir, desejar-lhe o melhor e lembrar que um dia, ainda que não estivesse feliz ou realizada, ainda que não consciente do que, também ela, aprendeu, a i. deixou uma marca.
Subscrever:
Mensagens (Atom)