Ai quem me dera que a chuva não martelasse na minha cabeça
esquecer o tempo em que não te vejo, aquelas hora mortiças, nubladas, sem um pingo de ti
Ai quem me dera que as palavras voassem e entrassem nos teus poros, cortornando antes cada milímetro do teu corpo, como se fosses uma relíquia, um ser raro, um gelado de framboesa que derrete nos meus lábios
Ai quem dera pegar-te ao colo e ninar-te, sussurar-te ao ouvido «já passou...», esticar a mão na minha cama e encontrar-te, disponível para o amor
Ai quem dera sair da cidade, pedalando numa bicicleta, para abraçar uma árvore grande, imensa, como esta que vejo da janela do meu quarto, e depois regá-la com a esperança de dias melhores
Ai quem dera ser a paz na qual gostas de mergulhar sem barbatanas
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