Devia ser instituído que os filhos dos nossos primos fossem nossos "sobrinhitos" e não "primos em 2.º grau". Desculpem lá mas faz-me impressão olhar para um ser com baba a escorrer pelo queixo e agarrado a um cobertor e chamar-lhe "primo/a". Os verdadeiros primos são aqueles com quem fazia tropelias em criança, como esconder-me da minha avó atrás do sofá e dar com ela em louca à nossa procura; são aqueles com quem partilhei as minhas primeiras idas à discoteca; são aqueles que no máximo têm de mim uma diferença de 10 anos.
Já os "sobrinhitos" são coisinhas lindas com voz de bebé, que apetece pegar ao colo e contar histórinhas. São os filhos que ainda não tivemos, tal como acontece com os filhos das nossas melhores amigas. É que a expressão "primos em 2.º grau" faz-me sempre lembrar aqueles parentes (é essa a designação ideal!) que encontrava ocasionalmente quando passeava na rua com a minha mãe, senhoras de cabelo armado e senhores distintos de fatos a rigor, muito íntimos da minha mãe sem que eu entendesse muito bem porquê, e de quem era obrigada a receber beijinhos lambuzados e elogios do género "ah, é tal e qual a mãe/pai". Bah! No way que gostaria de passar essa imagem aos meus "primos em 2.º grau"! por isso a partir de hoje assumo... tenho sobrinhitos e não "primos em 2.º grau"... tenho muitos, por sinal, 10 a caminho de 11... uma equipa de futebol, portanto ;)
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1 comentário:
Não podia estar mais de acordo. Taditas das crianças. Nem entendem porque chamam prima a uma pessoa que tem mais ar de tia. Tia, mas das boas que compram chocolates e levam a passear.
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