terça-feira, setembro 26, 2006

Antes e Depois

Porque faz em Outubro 13-anos-13 que me mudei para a capital e para que os meus dear fellows lisboetas (re)aprendam a gostar da sua cidade, admirando-a com a mesma ternura emocionada com que uma mãe olha pela primeira vez para a sua cria, aqui fica um retrato em traços largos do Antes e do Depois deste chão que todos os dias pisamos, nem sempre atentos, nem sempre disponíveis:

Antes... não existia a Ponte Vasco da Gama, o centro comercial homónimo e todo o Parque Expo. Não existia o Colombo ou o Saldanha Residence e as Amoreiras é que eram in (ai, os hamburgueres!!!). Não havia o Hard Rock mas sim o Cinema Condes. E na loja do cidadão dos Restauradores funcionava então um hotel, depois transformado em Virgin Megastore. O estádio do Benfica e do Sporting tinham outra cara, mais gasta, em alguns casos menos histérica :) . As lojas Fnac e milhentas de lojas de roupa não existiam na Baixa para nossa perdição. Era impossível atravessar a ponte de comboio. O Rossio ainda estava em obras, mas o Marquês e o Terreiro do Paço ainda não. A estação de Stª Apolónia era bordeaux (sempre é mais chique que dizer cor de vinho). O Baptista Russo era uma rotunda, que depois virou cruzamento, que entretanto ganhou um túnel. Não existia o monumento ao 25 de abril de autoria de José de Guimarães, lá em baixo, junto à Matinha. E nem o Cutileiro havia chocado a cidade com uma visão artística considerada fálica (está no cimo do Parque Eduardo VII). Em Monsanto, "crianças" só mesmo uma outra menina infelizmente empurrada para a má vida. O ISCSP era num palácio a cair de podre mas cheio de personalidade. O CCB não existia e o LUX também não. O Campo Pequeno estava uma miséria e a rede do metro não chegava a tanta parte. O Tivoli e o São Luiz eram muito menos modernos. A estação rodoviária ficava na Casal Ribeiro, para depois se mudar para o Arco do Cego e finalmente para Sete Rios. No Bairro Alto as capelinhas eram outras (ah que sôdade do Gingão!).

Lembram-se de mais?

7 comentários:

Cylon disse...

Bem, torna-se difícil acrescentar.
Para atravessar a ponte para a margem sul (por ex avante), so de carrinho ou autocarrozinho cheio de gente suada, que não havia comboio para ninguém; o São jorge ainda era um cinema normal (e um dos preferidos), não uma cena híbrida que recebe festivais etc; O Hard Rock Café era um cinema Condes decrépito mas ainda a funcionar; O Jamaica era um antro disfarçado de discoteca o que não impedia que estivesse sempre cheio... ah, espera, isso ainda é igual lolol ;)

Ivan Martins disse...

E o Olímpia era uma sala de cinema e não uma arrecadação ou sala de ensaios do senhor La Féria

Mafalda Martins disse...

E o Império era um cinema e viam-se mesmo lá filmes!!! Agora o filme é outro... e paga-se mais!!!

Antes, havia o Gingão (já referido), o Marão, o RockLine, as Putas (como era carinhosamente chamada uma tasca do bairro onde se bebia mtoooo baratinho!).

Os cinemas Alfa onde eu me fartei de ir em miúda...

A praça do Aeroporto era a Rotunda do Relógio e tinha realmente ponteiros...

Não tinhamos a Fnac, mas tinhamos a Bimotor e a ABEP, onde comprámos bilhetes para Guns, Metallica, Nirvana...

Fazer estas listas do Antes e do Depois faz pensar... tanta coisa que mudou... Mas as memórias do Roockie no seu auge, do velhinho estádio da Luz, dos taxis verdes e pretos a encher a nossa linda Lisboa... essas ninguém me tira! :)

Não quero pensar mais!!! Socorro!!!
lol

Charlotte disse...

Mirandinha...que belas memórias desses espaços todos! E falta a Juke ;)

Mafalda Martins disse...

A juke!!!!
Podes crer!!!!
belas tardes de sábado!!! :)

Cylon disse...

ihh por falar em tardes de sabado entao e o crazy nights?
Ihhh, o crazy nights!!
Acho k dei o meu primeiro beijo no crazy nights!!
Ok agora vou parar de dizer crazy nights *foge*

Charlotte disse...

o Crazy... lololol já nem me lembrava...xxxiiii!! e antes disse tb ia ao central Park e ao loucuras ás matinés de fim de semana era lindo!!!!