segunda-feira, outubro 10, 2005

Um mal nunca vem só

Como se não bastasse o circo triste que foram as recentes eleições autárquicas (com repercussões prometidas para as presidenciais), a constipação que me mina o corpo, a ausência do país de uma grande amiga e a vergonha da arbitragem no Portugal-Liechenstein (onde os rapazes tugas também não deram o seu melhor), agora ainda me falam que vem para aí um Vince armado de ares e feitinho para nos chatear ao ponto de nos fazer ficar em casa.
Para os mais desatentos trata-se de um furacão de grau 1 transformado em tempestade tropical que em vez de rumar para os EUA dirige-se para a Europa
Ora como semana sim, semana não, Portugal é atingido com um fenómeno desta natureza a notícia mereceu uma nota de roda-pé nos espaços informativos da SIC e da TVI (na RTP1 nada).
Enfim, em noites de eleições de resultados previsíveis houve prioridades trocadas, parece-me bem que sim. E mesmo hoje que a notícia climatérica teve honras de abertura da SIC cortaram o tempo de antena (o pio) ao especialista nacional na matéria.
Espero que ao menos não tenha sido para reproduzir o discurso inflamado de um tal de Marques Mendes que aplaudiu o carácter participativo destas eleições... ora mesmo sendo eu uma mulher de letras, faz-me confusão que alguém no seu perfeito juízo assuma publicamente tal convicção quando a abstenção em média deverá ter rondado os 30%. No meu distrito de origem, foram 44,5%!!!! Ou seja mais de um terço da população, em alguns distritos perto de metade, marimbou-se para o acto eleitoral e para os políticos e respectivos tachos... e o outro ainda acha que fomos bastantes a votar?!?!? Jesus! Vince vem e leva daqui esta gente!!!

2 comentários:

Charlotte disse...

Amanhã o Vince vai atacar, são esperados ventos fortes e trovoadas.

LuaNova disse...

As expectativas são baixas e 30% de abstenção acaba por ser tido como muito bom.

Na verdade acho que a maioria das pessoas não devia poder votar, tal a impreparação e ignorância política. A nossa democracia não existe. É futebol. Basta ver os grunhos das claques da bola e os das claques políticas para se perceber que os meios são os mesmos.

Merda de país, este! O que eu dava para ter tomates e inteligência para fugir daqui para fora!