quinta-feira, dezembro 29, 2005

Coisas para fazer

Em 2006 quero mimar muito o meu homem, quero voltar a fazer desporto, vou procurar uma casinha nova para viver, quero ir mais ao cinema, ler mais, ver mais exposições, continuar a mergulhar em cultura. Quero abraçar mais vezes os meus amigos e encontrar um trabalho que me estimule. Quero voltar a Cabo Verde e conhecer novos países, e ir para fora cá dentro também. Quero ir mais vezes à terrinha e sentir-me quase sempre no céu.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Um melhor 2006

Bem, eu sei que ainda é cedo mas já nao venho mais à net este ano, por isso que se lixe.
Passado o Natal, que espero que tenha sido bom, ou pelo menos mais animado do que o meu, queria desejar a todos os meninos e meninas que frequentam este blog um grande ano de 2006, com muitas surpresas boas, projectos, sonhos realizados e outros novos criados, alegrias, saude, experiencias positivas, etc.

2005 foi, pelo menos para mim, um ano muito intenso, a todos os níveis.

Fiz 30 anos. Fui finalmente a Nova Iorque. Morei 15 dias em Barcelona. Tive um Verão como não tinha há anos. Perdi o emprego que considerava de sonho e com o qual já me imaginava, garantida e dsancansadamente, para toda a vida. Tive de repensar a minha vida toda. Ia perdendo essa vida num acidente a grande velocidade na autoestrada onde acredito piamente que apenas o nosso anjinho da guarda impediu que eu e o meu namorado fossemos desta para melhor, ou ficassemos com as nossas vidas alteradas para sempre. Isso deu-me muito que pensar, e ainda dá. Tive de reencarar o fantasma do desemprego, que aqui há uns ano foi causa da minha primeira amostra de depressão na vida. Desta vez, com o apoio dos amigos, tem tudo corrido bem. Ouvi muita musica, conheci muita musica, reguei muito o meu amor pela musica. Fui Dj, como sempre quis. Reapaixonei-me por Cabo Verde. Tentei ter a ousadia para largar tudo e trabalhar no estrangeiro, e não consegui. Estreitei amizades, fiz algumas novas.

No meio disto tudo, nao sei dizer se o balanço é positivo- a cena do emprego desiquilibra muito a balança- mas foi um ano muito intenso, com muita coisa boa, e que nunca esquecerei.

E foi também o ano deste blog, que agora atinge as 10 mil visitas. Que já conseguiu juntar duas almas maravilhosas. E que é a nossa casa no mundo cibernáutico.

Agora venha 2006 e por favor, por favor, por favor, um emprego.

Beijinhos a todos.

Vá contem lá...

Em cada Natal é quase inevitável recebermos prendas e lembranças, enfim, menos "estimulantes". São os chamados "monos", quase sempre bibelots para a casa ou acessórios de uso pessoal que provocam em nós um sorriso que vai amarelecendo à mesma proporção com que vamos desembrulhado o artigo. Tais peças, que numa primeira fase quase nos fazem chorar para depois a sensação se transformar num riso miudinho e histérico, ficam lá por casa, esquecidas, à espera que uma eventual quermesse da igreja do bairro beneficie da sua presença. Quase nunca consigo levar à avante a ideia de "dar o objecto mais tarde a alguém" de quem não goste muito, a quem não precise provocar um grande impacto, numa troca de prendas do trabalho, por exemplo. Quase nunca consigo fazer aos outros aquilo que me fazem a mim...
por isso mesmo criei este espaço no nosso querídissimo blog para desabafarmos todas as nossas angústias, isto num ano em que curiosamente não tive que devolver sorrisos amarelos. Vá lá, contem-me as vossas desgraças. Gritem a vossa revolta. Digam-me as piores prendas que alguma vez receberam... a consulta é grátis.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Feliz Natal para todos

Como o Natal é das crianças aqui fica uma musiquinha para vos desejar a todos um Feliz Natal.

Pinheirinho, pinheirinho
De ramos verdinhos
P'ra enfeitar, p'ra enfeitar
Bolas, bonequinhos. (bis)
.
Uma bola aqui
Outra acolá
Luzinhas que tremem
Que lindo que está.
.
Olha o Pai Natal
De barbas branquinhas
Traz o saco cheio
De lindas prendinhas.

É Natal, é Natal
Tudo bate o pé
Vamos pôr o sapatinho
Lá na chaminé.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Quando eu era pequenina

É uma das coisas que mais lamento na vida, mas não há nada que eu possa fazer. Até aos quatro, cinco anos de idade quase não guardo memórias. Ou seja, a minha vida é, até essa fase, uma mancha em branco. A minha recordação mais remota é, no entanto, bastante sensorial. Se fechar os olhos, ainda sinto a brisa quente do Alentejo no rosto, enquanto o meu pai me empurra num baloiço domingueiro. Estava de vestido de cambraia, só podia, e usava o cabelo curto e espigado à rapazinho.
Dessa época também me lembro de aprender a nadar e de ter medo de andar de bicicleta, com o meu pai a fazer de mister. Lembro-me dos lanches em casa das minhas primas, pão com manteiga e açucar escuro (ainda hoje o que uso em casa), uma guloseima da minha avó, perita no arroz doce e no esparragado. De sermos inocentes ao ponto de escondermos as taças partidas nas festas de aniversário, às vezes com pudim ainda agarrado, debaixo do sofá (como se a minha mãe não fosse varrer a seguir5). Lembro-me do meu ar melancólico, sério, desconfiado, adulto. Há fotos que o provam. Não era nada indiscreta, conseguia guardar segredos gigantes para a minha idade. Lembro-me de fazer os deveres enquanto brincava com as figuras miniatura que vinham com a farinha Amparo. E de quando dois coleguinhas fizeram uma corrida à volta da escola para se decidir qual se sentava ao meu lado na aula. Lembro-me que era pro no elástico e tinha pavor de saltar à corda. Era muito vaidosa no meu dia de aniversário (ainda hoje sou) e tinha porque tinha de estrear um vestido novo. Não era nada egoísta com os brinquedos. Tive uma espécie de avós das barbies. Lembro-me de jogar ao macaquinho do chinês na rua e de não saber o que era o mar que só vi muito mais tarde. Lembro-me de perguntar aos meus pais "gota mim?" e de eles dizerem que não, que me adoravam...

E agora para algo completamente diferente....





terça-feira, dezembro 13, 2005

Paixões

Adoro começos e inícios.
Adoro planos e projectos novos.
Adoro chegar a um sitio pela primeira vez.
Adoro conhecer coisas e lugares novos.
Adoro conhecer pessoas e fazer novos amigos.
Adoro quando me olhas.
Adoro quando nos beijamos.
Adoro as mensagens “pirosas” que trocamos.
Adoro quando estamos juntos.
Adoro quando damos a mão.
Adoro quando nos rimos das mesmas piadas.
Adoro o teu sorriso.
Adoro deitar me e acordar a pensar em ti.
Adoro descobrir-te e adoro o que descubro.
Adoro a tua falsa timidez e a tua falsa modéstia.
ADORO-TE!!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Glorioso

Eu já tenho a minha águia de prata (25 ano de sócia) há alguns anos8ok..não são tantos assim!), mas confesso que sou uma vergonha pois ainda não tinha ido ver nenhum jogo ao novo estádio. Mas ontem fiz a minha estreia. Adorei ver o estádio cheio de gente todo vermelhinho. O estádio ainda é mais bonito por dentro do que eu tinha imaginado, e ainda foi melhor porque o Benfica ganhou ao Boavista, foi a cereja no topo do bolo. Não jogámos mal e gostei de ver uma equipa sem vedetas ou estrelas em que os jogadores se esforçavam para ganhar. Foi bonito. Obrigada X.R. por me teres convidado. Adorei! Matámos saudades dos tempos em que eu ainda era sócia e íamos juntas à bola e não perdíamos um jogo dos “grandes” na nossa antiga catedral.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

mania dos balanços

É sintomático, mal chega Dezembro e começo mentalmente a fazer o balanço das coisas más e das coisas boas que o ano em agonia me trouxe. As viagens que fiz, os amigos que ganhei e os que perdi, os amores e os desamores, as vantagens profissionais, os fracassos na carreira, as pequenas proezas que alcancei.
Quase nunca chego à conclusão que o ano foi péssimo ou maravilhoso e, sobretudo, que me passou ao lado indiferente, o que é mais do que muita gente poderá afirmar. A meu ver esse seria o pior dos cenários. Ao menos as minhas coisas más são mesmo drásticas e as minhas coisas boas são mesmos fantásticas, não há registo insonso não minha vida. Aconteceu tudo junto, em alternância, mal me refaço de uma logo outra coisa acontece. E no final o meu ano foi uma espécie de montanha russa. Assim sendo, 2005 foi de facto surpreendente como nenhum outro. Ao longo de 12 meses perdi e ganhei, transformei-me.

segunda-feira, dezembro 05, 2005