Em cada Natal é quase inevitável recebermos prendas e lembranças, enfim, menos "estimulantes". São os chamados "monos", quase sempre bibelots para a casa ou acessórios de uso pessoal que provocam em nós um sorriso que vai amarelecendo à mesma proporção com que vamos desembrulhado o artigo. Tais peças, que numa primeira fase quase nos fazem chorar para depois a sensação se transformar num riso miudinho e histérico, ficam lá por casa, esquecidas, à espera que uma eventual quermesse da igreja do bairro beneficie da sua presença. Quase nunca consigo levar à avante a ideia de "dar o objecto mais tarde a alguém" de quem não goste muito, a quem não precise provocar um grande impacto, numa troca de prendas do trabalho, por exemplo. Quase nunca consigo fazer aos outros aquilo que me fazem a mim...
por isso mesmo criei este espaço no nosso querídissimo blog para desabafarmos todas as nossas angústias, isto num ano em que curiosamente não tive que devolver sorrisos amarelos. Vá lá, contem-me as vossas desgraças. Gritem a vossa revolta. Digam-me as piores prendas que alguma vez receberam... a consulta é grátis.
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7 comentários:
Este ano adorei todas as prendas :)
Este ano consegui praticamente o que queria. Não ofereci prendas a ninguém, e recebi apenas uma tontice que um amigo me quis oferecer: um par de baquetas.
Além disso, um jantar de Consoada apenas com desconhecidos trouxe-me uma nova perspectiva a diversas coisas.
Lu, sentiste-te num filme do Lars von Trier aposto... ;)
e Alfazema olha que isso de não haver prendas más é uma grande demagogia! claro que muitas vezes o que conta é a intenção, mas que há muito mau gosto por aí, lo hay, lo hay
E quando são prendas de alguém que nos conhece desde que nascemos e que nada têm a ver connosco e nos perguntamos: será que ninguém tem ideia do que eu gosto???
Felizmente, essa parece ser uma questão ultrapassada, e adoptei o esquema de escolher eu o que quero e (como sou uma gaja difícil de contentar) todos ficam felicíssimos quando eu especifico (normalmente por escrito - título, editora, e número de referência) o objecto do meu desejo.
Poupam no trabalho e na frustração mútua (mas sim, houve muitos sorrisos politicamente correctos neste processo todo).
A última, foi numa troca entre um grupo de amigos (amigo oculto, por isso não considero uma ofensa pessoal) ter-me calhado um livro do Vale e Azevedo (desses que ele escreveu na prisão). Decidi fazer dele a FAVA das nossas trocas de Natal (uma vez que nem o tirei do plástico), e este ano pude, finalmente, ver-me livre dele!!!
Um incensário esotérico tem muito mais a ver comigo!
(Mas ago me diz que, mais ano menos ano, o Vale voltará aos meus braços...)
Bem, como não recebi nenhuma prenda não tenho desses problemas.
Um sapo horroroso em cerâmica que recebi há uns anos! Ainda hoje me atormenta :) Recebo todos os santos anos pares de brincos INDESCRITÍVEIS...
Desck: pensa no lado positivo nao recebes monos e nao gastas dinheiro a comprar prendas a ninguém.
Beijos e Vai aparecendo.
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