terça-feira, janeiro 23, 2007

Uma questão de semântica

Será o aborto uma ameaça tão grave quanto o terrorismo? tenho pena, mas não consigo citar ipsis verbi, mas é mais ou menos este o teaser da próxima Grande Entrevista a D. José Policarpo. Ora, ou alguém da RTP se passou da cabeça e inventou este slogan, opinando quando não devia, ou esta é mais uma frase-chavão dos defensores do Não ao aborto, com a Igreja à cabeça. Pois bem, para a Igreja, aborto e terrorismo são conceitos equiparáveis, é o que depreendo. Sugiro eu, a esta cambada de hipócritas e demagogos que andam de batina em nome de ninguém sabe muito bem o quê, que em vez de andarem a enrrabar meninos inocentes em seminários e outras instituições porque é que não gastam o seu tempo e energias para se actualizarem quanto aos padrões morais e etc da socidade actual. Assim, talvez tivessem mais gente nos seus locais de culto, mais fiéis, mais respeito, em suma. Terrorista é o Deus castigador que a Igreja alimenta. Terrorista é a ignorância. Terrorista é a campanha para atirar poeira para os olhos do povinho. Terrorista é a riqueza por eles gozada. Terrorismo são comparações absurdas como esta.

5 comentários:

Mafalda Martins disse...

Também "apanhei do ar" essa comparação fantástica...
Podemos então concluir que a igreja Católica foi (é???) uma instituição terrorista... Anos e anos de massacres, mortes em nome de Deus(?). Mas qual Deus?? É Deus que é contra o aborto? Se sim, onde é que está para nos "iluminar" sobre todas as injustiças neste Mundo? Se o uso do preservativo e da pílula para a igreja Católica é impensável e se abortar é terrorismo , o que é suposto NÓS MULHERES fazermos? Ter filhos, pois então!! Sim porque SEXO é pecado, só não o é para nos reproduzirmos... Um aborto é sempre um risco, nenhuma mulher o faz de ânimo leve. Portugal é um dos poucos países da U.E. em que a Interrupção Voluntária da Gravidez não é feita de forma segura e legal, acho que isto diz tudo...
Se o Não ganhar vai ficar tudo na mesma. Que é o que a Igreja Católica, mais a cambada de hipócritas deste país quer. Viramos costas a um problema que vai permanecer. As clínicas clandestinas vão continuar a existir, os comprimidos abortivos vão continuar à venda na Cova da Moura, mulheres vão continuar a morrer. Mas pelo menos não somos terroristas como os restantes país da U.E... Só ajudámos a invadir o Iraque, ah mas espera! Isso pode-se, matar milhares de civis inocentes não é terrorismo é pela democracia... Deus deve concordar com isso, sim sr!!

Anónimo disse...

Não posso deixar de estar plenamente de acordo!
Acrescentando alguma informação aa esta discussão, ouvi á poucos dias uma francesa que Portugal não deveria despenalizar o aborto, (porque é disto que se trata este refendo, a despenalização, e não a liberalização!) correndo Portugal de incorrer no risco da morte demográfica tal como acontece em França. Ora isto é um perfeito disparate. Devemos portanto perseguir e criminalizar as mulheres que abortam para que se assegure o rejuvenescimento da população portuguesa. Isto é uma imbecilidade. E como sugere esta canalha que, aquando da falta de meios para sustentar uma criança a mãe e o pai(!!!), façamos? Que genero de protecção social oferecem as entidades, governamentais ou não? A Casa Pia? O orfanato? Com certeza que há bom, e mau! Muito mau mesmo! De facto creio ser uma verdadeira vergonha nacional a penalização/discriminação/criminalização das mulheres que recorrem ao aborto! E aproveito também para sublinhar o papel que o homem, pai da criança, tem em toda esta situação. A gravidez, não é obra de uma só pessoa! A concepção imaculdada é prática mto pouco difundida pelo Mundo!... O que sugiro, é que me parece que também os homens têm algum tipo de responsabilidade moral, neste assunto...
Daniel.

Charlotte disse...

Concordo com tudo o que dizem. Já chega de hipocricia se há aborto que seja feito com condições e com menos riscos. A igreja devia ter vergonha e deixar de ser tão hipocrita talvez assim tivessem mais fieis e mais gente a acreditar neles. Estou farta de falsos moralismos e de doutrinas. Independentemente de tudo não temos o direito de negar ás pessoas o direito ao aborto quem sou eu para o fazer. Independentemente de eu ser capaz de fazer um ou não não posso negar a quem precise de o fazer esse direito. Já chega VOTA SIM!!

Anónimo disse...

e mai nada!!

ana

Movimento Pela Net Mais Barata disse...

Não sao coisas comparaveis apenas no facto de que temos de ser activos e nao deixar passa-las em branco!
Todos os intervienientes no nosso blog vão votar! façam o mesmo!