Amigos coloridos virtuais

Não se pode falar da dependência dos telemóveis sem trazer à baila outro ícone dos nossos tempos, outra novidade que apanhou a nossa geração de surpresa, com reservas até, algo que nos fez olhar para um mero computador onde apenas usávamos jogos como os paeloliticos terão olhado para o primeiro fogo, algo sem o qual hoje não poderíamos viver: a internet
Horas podiam ser passadas a dissertar sobre as suas ilimitadas capacidades a todos os níves (como será que os miudos da escola hoje fazem aqueles projectos interminaveis que nos levavam semanas, com uma pesquisa no google?) mas gostaria de me concentrar sobre um aspecto : o Mundo Maravilhoso dos Amigos Coloridos Virtuais (ACV). No meu caso, dois grandes amigos.
Antes que o Mr Big se espume, o coloridos é força de expressão, são ambos feios (o amor é cego mas há limites), ambos sabem da minha vida sentimental como eu sei da deles, talvez nunca os verei sequer (gostava), point: não tem nada a ver.
Mas é aí que reside a magia: são, sobretudo um (o outro é mais guru da música e cultura geral), autênticos conselheiros sentimentais e vice versa, a verdadeira «amiga», e isto tudo à disntância de um click, com os efeitos terapêuticos que só a impessoalidade de um computador ironicamente consegue trazer.
Esta é uma ode aos meus amigos virtuais, um brinde a eles. Um Tchim virtual, como tantas vezes já fizemos, como fazemos sempre que uma prova é superada.
E já agora: o amor espanhol de um deles voltou para o namorado, alguma ajuda para um conselho?