domingo, julho 03, 2005

O Live 8 e o Arrependimento

Serve o meu episódio deste fim de semana com o Live 8 de propósito para falar de uma das coisas que mais odeio e que mais doi nesta vida: o arrepender-me daquilo que não fiz.

Para quem sabe- ou seja não levou comigo o fim de semana todo - eu pensei seriamente em ir ao Live 8 de Londres. Não era nada descabido, sou completamente obcecada por musica, o cartaz era impagavel, o momento irrepetível, a causa diz-me alguma coisa e em bom da verdade já fui mais longe só para ver os Radiohead
Pois que perante a complicação de como se arranjavam bilhetes e a fraca adesão dos meus amigos acabei por disfarçar a perguiça com desculpas monetárias e acabei por cagar.
Resultado: passei o sábado 10 horas colada à TV ao ponto de ficar tonta (mas isso tb era da ressaca) literalmente a torturar-me por não ter ido. E ainda me arrependo.
Bolas, onde é que eu tava com a cabeça. A música é das coisas que mais amo nesta vida, e por arrasto os concertos também. Gostava practicamente de todas as bandas. É um momento historico, irrepetivel- tantas vezes que vi o outro Live Aid a desejar ter ido e a este podia-vai ser um marco da nossa geração. E Londres tá para ai a 30 euros de avião. Shame on me.

Mas que raio de mecanismo é este que temos- e amaldiçoado seja ele - que nos faz, perante algo que queremos, hesitar ou recuar - por medo, perguiça ou vergonha- para depois so nos arrependermos?

Já perdi um gajo que adorava aos 17 anos assim- qdo soube que ele curtia de mim ja era tarde, mto tempo perdido com receio de fazer um simples gesto- e sofri na altura os horrores que se sofre com amores naquelas idades. Mas ainda assim as vezes, demasiadas vezes, parece que não aprendi.

Pois bem, perante este universo bloguístico, prometo: Nunca Mais

7 comentários:

Cylon disse...

Oh amigo K, desculpa mas nao estas bem informado sobre o assunto

Isso que referes foram as primeiras tentativas que se fez- mandar comida, dinheiro, milhões de dólares e toneladas de comida foram enviadas para africa nos anos 80, alias o primeiro Live Aid foi precisamente para isso.

Só que qdo o dinheiro acabou e a comida acabou- e nao foi preciso mto tempo, dadas as graves carencias daqueles povos- chegou-se a brilhante conclusão que comida e dinheiro não resolvia o problema deles, pk eles não têm é bases, agricultura, economia, organização, líderes. A comida produzida lá e os agricultores de la vao a falencia por causa do «dumping» dos produtos excessivos dos paises desenvolvidos- que é por isso que tantas personalidades pedem o fair trade ou seja a oportunidade aos agricultores de la de produzirem. O que eles precisam é de se levantarem sobre os seus proprios pes.

E para isso precisam k o G8 lhes perdoe a divida, os ajude, precisam do fair trade, não precisam do dinheiro correspondente a fatos armani.

E Al Fazema: concordo com tudo o k disseste mas temos de ter esperança que desta vez possa ser dierente. Eu pessoalmente estou morta de curiosidade para ver os resultados da cimeira embora, tal como tu, acredite que nada vai mudar. Mas que era lindo era e que foi um belo dia foi e que gostava de la estar gostava

E ya, tb me arrependo mtas vezes do que faço mas prefiro mil vezes essa sensação à de arrepender do que nao faço- e dai este post e dai a promessa final ;)

Inês L. disse...

Acho que também já tinha dito algures... como vocês, eu prefiro arrepender-me das coisas que faço do que das que não cheguei a fazer!

LuaNova disse...

Li isto no Abrupto, do Pacheco Pereira:

TRETAS

Os movimentos anti-globalização foram mais uma vez manifestar-se no sítio onde se vai realizar o G8, “contra a pobreza” gerada pelo capitalismo. Este é um dos maiores enganos que se pode alimentar: grande parte da pobreza africana não existe à míngua de ajuda humanitária, mas devido à enorme corrupção dos regimes africanos, à engenharia social, cópia mimética do marxismo europeu, que levou à destruição do pouco que os regimes coloniais tinham deixado, às guerras civis tribais e, se se quiser, nos tempos mais recentes, ao proteccionismo, principalmente europeu, que impede muitos produtos agrícolas africanos de entrarem nos mercados ricos. É mais globalização que os países pobres de África precisam e acima de tudo, intransigência contra a corrupção dos seus dirigentes.

Estava a pensar escrever isto, ao ver o folclore escocês, quando a RTP1 passa uma pequena peça sobre Angola, em que a palavra corrupção não é pronunciada, e em que não se explica como é que se pode ter petróleo e diamantes, um dos melhores e mais bem equipados exércitos de África, uma elite riquíssima que manda os filhos estudar para a Suiça e…nada para a esmagadora maioria da população. Mas a culpa é do capitalismo e do G8. É isto informação.

Cylon disse...

Ya é a culpa é deles, sáo corruptos
Por isso buca cagar para eles- tem piada até nos conbvém é da maneira que poupamos mais uns trocos para bombardear o Iraque.
Desculpa Lua, não me convence
Claro que aquilo ta um caos claro que há corrupção mas não é motivo para cagar para eles. Os milhares que morrem tão-se a cagar para a corrupção e se calhar, se pudessem cultivar a terra em vez de ser invadidos por toneladas de arroz «uncle ben» pelo menos alguns sobreviviam

LuaNova disse...

Mas quem falou em cagar neles?

Cylon disse...

Falei eu, desculpa la é a leitura que faço dessa cronica do pacheco pereira, ainda que ele nao o diga por essas palavras...

e nao precisas bater ... ;)

LuaNova disse...

Não estou a bater, querida. Estou a abraçar-te, a dar-te muitos beijinhos nessas bochechas.